Não bateram na porta, não pediram licença, não trouxeram as rugas que imaginei, não trouxeram a estabilidade que esperei, mas trouxeram a imensa felicidade de olhar pra trás e ver cada coisa foda que construí, as amizades que conquistei, os amores que vivi, as coisas que aprendi e me dá a grande vontade de escrever mais e melhores versos nas páginas em branco que estão surgindo; mais consciente, mais bonita, me aceitando mais, aceitando os erros (meus e dos outros), aprendendo a me amar até nos defeitos, mais inteligente e com mais sonhos que antes... Afinal, a vida é muito mais que os números que a gente insiste em nos limitar.
Quando eu me imaginava nessa idade, aos 15, achava que estaria bem velha e com a vida estruturada. Hoje, me vejo igual aos 20: cheia de sonhos, cheia de vontade, com a vida nada estruturada e colorindo os cabelos de cores estranhas. Mas as diferenças entre 20's e 30's já puderam ser sentidas desde os 29: me entendo melhor, me aceito mais, sou mais atenta, mais ouvido, menos explosão (podem acreditar, já fui pior), mais sorrisos, mais inteligente, mais correr atrás dos sonhos, mais amigos, menos debates sem importância, mais socialista, mais tolerante, menos rebelde (há quem discorde), mais bonita...
Porque sim, me sinto muito mais bela fisicamente, psicologicamente e emocionalmente que aos 20. Os 30 devem me trazer o equilíbrio mental que tanto almejo, deve me trazer a escolha de batalhas que tento aplicar diariamente, deve me trazer a tranquilidade de um domingo chuvoso... Ou pelo menos deveria, rs. Talvez ele me traga mais mudanças e eu nem gosto delas, mas às vezes ela traz uns ventos tão favoráveis, tão bons e tão "chacoalhadores" que te tiram do chão e te colocam em outro lugar. Muitas vezes, esse novo lugar não é ruim, pelo contrário, é melhor do que onde se estava, é mais estruturado para aguentar as loucuras, os momentos e os sentimentos tão intensos; trazem novos olhares, novas opiniões e novas pessoas; faz crescer, amadurecer e evoluir.
Assim aconteceu ao longo dos últimos 12 meses e eu precisei aproveitar com medo e tudo; essas mudanças que trouxeram transformações profundas, grande auto-conhecimento e uma vontade de mudar mais tanta coisa, que eu quase não me reconheceria, se não fosse a intensa ansiedade que me acompanha em cada passo desde a adolescência.
Chegaram!
Não bateram na porta, não pediram licença, não trouxeram as rugas que imaginei, não trouxeram a estabilidade que esperei, mas trouxeram a imensa felicidade de olhar pra trás e ver cada coisa foda que construí, as amizades que conquistei, os amores que vivi, as coisas que aprendi e me dá a grande vontade de escrever mais e melhores versos nas páginas em branco que estão surgindo; mais consciente, mais bonita, me aceitando mais, aceitando os erros (meus e dos outros), aprendendo a me amar até nos defeitos, mais inteligente e com mais sonhos que antes... Afinal, a vida é muito mais que os números que a gente insiste em nos limitar.
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