Desbravando o planalto - Parte V: Chapada dos Veadeiros.

Antes de começarmos: sabiam que a Chapada dos Veadeiros foi atingida por fogo que já queimou 25% de seu parque? Sabia que o parque é de difícil acesso e a vegetação é de cerrado, ou seja, vegetação seca onde o fogo se alastra mais rápido? Sabiam também que nós podemos ajudar? Sim! Podemos doar por Catarse para ajudar nossa fauna e flora, além de tentar recuperar e preservar esse lugar majestoso. Vamos lá, ajude, custa tão pouco e você pode fazer muito. :)

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Finalmente e infelizmente, reta final dessa viagem incrível! Se eu pudesse, eu iria pro meio do mato todo ano, que energia essas matas e águas têm, meus amigos. 

Na Chapada, você pode ficar alocado em 2 cidades: Alto Paraíso e São Jorge, a primeira é bem pequena, cidade de interior mesmo, mas tem um pouco mais de estrutura, como restaurantes, farmácias, mercado e bancos; a segunda, é mais para camping, com pensões e sem bancos. Hospital só em Brasília mesmo. Decidimos ficar em Alto Paraíso, afinal, não conhecíamos nada e achamos que a estrutura da cidade nos ajudaria. E sim, ajudou muito. Lá ficamos no Albergue Jardim Nova Era, super aconchegante, acolhedor e com pessoas bastante solícitas e simpáticas. Além disso, adoramos conhecer e comer no Zu's Bistrô, Vendinha 1961, Coisas da Drica (um café misturado com livraria e loja), Pizzaria Canela da Ema, Restaurante Tapindaré (do hotel mesmo, com preços acessíveis) e Vinil Bistrô.

Chapada é o Parque Nacional, mas além dele há diversas outras trilhas e cachoeiras maravilhosas, tanto em São Jorge quanto em Cavalcante. Lá não há obrigatoriedade de se fazer passeios com guias ou com agência de viagens, como em Bonito; é meio que na cara e na coragem... e isso a gente se surpreendeu em descobrir que tínhamos. Eram trilhas e mais trilhas, com subidas e descidas pelas pedras, entrávamos em todas as cachoeiras encontradas, até nas mais geladas. rs 

Começamos por Loquinhas, uma cachoeira com 7 quedas ou poços de águas esverdeadas que puderam ser contempladas após uma leve trilha de 2 km. Também visitamos Almécegas I e II e Cachoeira São Bento, com trilha de 2,5 km. O Vale da Lua vale tanto a pena, mas tanto... um lugar encantador. Ainda tivemos tempo de ir à São Jorge aproveitar as águas termais, que não devem ser contempladas se estiver chovendo, sério! Quase morremos por isso. rs

Mas nada se compara a entrar no Parque. Existem 4 trilhas: Seriema, com 800 m e com tempo estimado de 1h30; Cânions, com 12 km e com tempo estimado de 4h a 6h; Saltos, com 11 km e com tempo estimado de 4h a 6h; e Sete Quedas, com 23,5 km e tempo estumado de 2 a 3 dias. Escolhemos fazer a trilha Cânios, para vermos as cachoeiras Cânions e Carioca. Nossa trilha era moderada, mas continha subidas, descidas e uma descida por um paredão de pedra até a cachoeira. Eu não me imaginaria fazendo algo assim, mas a vista é tão incrível e a sensação de vitória ao alcançar o objetivo é única. Apesar do desafio, vale super a pena.

Outra cachoeira que se tornou uma admiração particular é a Santa Bárbara, em Cavalcante. As águas da cachoeira são de um azul turquesa nunca visto antes, sua areia branca reflete esse cor que tudo irradia azul. É espetacular! Além dela, há a cachoeira Capivara, com água cor de Coca-Cola. Para irmos até Cavalcante e chegar nessas cachoeiras, é obrigatório ter um guia local. É possível contratar um guia na cidade mesmo ou subir até um quilombo próximo à cachoeira, Quilombo Kalunga, e contratá-lo lá mesmo. Nós conhecemos o nosso guia ainda na cidade e fomos com ele até o quilombo para fazermos o cadastro e o pagamento... Registro aqui: um quilombo, sem TV, sem celular, sem wi-fi e com luz elétrica recém-chegada. Nosso guia ainda morava 15 km após o quilombo, lá nem a luz elétrica existia ainda. Você consegue visualizar esse Brasil? A saber: dos 3 filhos dele, 2 se formaram por bolsa em faculdade pública, um deles em Direito; a caçula está terminando o Ensino Médio. Como eles se medicam, diagnosticam, recebem vacinas?! Ahhh, aqueles tal de cubanos vão até eles. Impossível você não admirar isso, no mínimo, sem a menor empatia. 

Após pararmos no quilombo, avisamos a hora da nossa volta para que pudéssemos almoçar (comida de quilombo *-* ). E lá fomos nós com nosso guia rumo à uma das cachoeiras mais bela. Após irmos de carro até um ponto, subimos uns 2 km à pe enos deparamos com tal beleza... ficamos lá por cerca de 1 hora e depois partimos para a Cachoeira Capivara, onde ficamos mais 1 hora e eu tomei um tombo, hahaha... Para chegarmos à Capivara foi preciso fazer também uma trilha de uns 2 km, sendo que era preciso descer por um caminho de pedras, no alto do morro, sem proteção. :D Adrenalina à mil!!! rs Fechamos esse passeio com aquele almoço prometido. Uma delícia!!! 

O roteiro que fizemos deve estar cheio de falhas, afinal, optamos sempre por fazer nós mesmos, mas eu não tiraria nada dele, faria novamente e quantas vezes puder até enjoar. Vale tanto a pena! Eu indico e se precisarem de guia, me chamem. hahahaha E esse foi o fim de mais uma aventura. Em breve teremos mais posts sobre mais viagens. ;) Até lá!



















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