Infelizmente, creio que essa história não está longe do fim. E um fim nada feliz, diga-se de passagem.
Pelo que vejo desse mundo moderno, as diferenças estão cada vez mais fortes e evidentes, mesmo dentro da quantidade de apelos que vemos e ouvimos para que sejamos todos iguais.
De fato somos iguais!
Mas nem todos aceitam e não querem se igualar com os considerados inferiores.
E em se tratando de se achar superior, de ver o outro como inferior, de não querer ser igual... vemos que histórias como essas continuarão a acontecer.
Quando falamos de animais, seres ditos irracionais, vemos o forte se sobrepondo na lei da natureza de que os fortes sobrevivem.
Porém na raça humana, a raça racional, que pensa (não parece!) acha que vive a mesma lei da selva e tenta (e por vezes consegue) aniquilar seu semelhante por se achar melhor que ele. E o que o mostrou melhor? A força? Não!
Um se acha melhor que o outro porque acredita em um Deus diferente, porque não acredita nas mesmas imagens, porque simplesmente não gosta da cor do outro, não gosta da sexualidade do outro. Motivos pífios, que não são distinguidos pela lei da natureza. A Natureza não vê isso, mas o ser humano vê. E mata por isso.
Mata porque a cor branca é superior e negro merece morrer.
Mata porque é islâmico e o judeu merece morrer.
Mata porque é heterossexual e o homossexual merece morrer.
E o contrário também acontece aos montes.
Por que?
Simplesmente porque nascemos egoístas o suficiente para não olharmos pro lado e reconhecermos que o outro é, de fato, como nós e merece respeito assim como nós.
Pedimos igualdade e justiça, mas, por vezes, as restringimos ao nosso "povo", àqueles que achamos ser como nós... os outros? Os outros que morrão!
"Na última semana, os jornais, a Internet, a TV e os cafés se entupiram de notícia e comentários sobre um matador francês que agiu nas cidades de Toulouse e Montauban. O homem matou outros homens durante semanas e as opiniões francesas insistem no nexo entre a patologia do sujeito e os desentendimentos étnicos que parecem crescer no continente. Não se sabe bem se crescem ou se apenas se acirram e radicalizam. O assassino, em todo caso, era francês, mas de origem argelina. As vítimas eram judeus, mas nem todas.
Enquando as confusões se multiplicam, a Europa, esta pobre mulher indefesa , evoca suas exclusividades ancestrais para livrar-se do "mal" estrangeiro. Na França, a quatro domingos, a filha dileta da extrema direita nacional (Marine le Pen), lançou-se oficialmente à corrida presidencial dizendo aos seus simpatizantes que os imigrantes devem ter "amor pelo país que os acolhe". A frase foi dita em Marselha, porto histórico de conexão entre a França e o Norte da África. Terá sido por acaso? Um socialista (François Hollande) lidera o pleito francês, não se sabe até quando, nem tampouco quais serão os escândalos subsequentes. O terceiro participante da gara é o já presidente do país (Nicolas Sarkozy), famoso por ter se referido aos suburbanos parisienses como "escória", quando ainda Ministro do Interior.
No púlpito armado em Marselha, a mocinha da direita brada contra os imigrantes que não falam o francês corretamente. Ela é loira e tem olhos azuis, assim como o norueguês que apodrece em uma cadeia de Oslo depois de pregar contra a miscigenação, explodir uma bomba e atirar contra seus conterrâneos. Esse último não era imigrante."
Fonte: Zoropa - Yahoo
Concordo! Os animais são mais sábios que nós, além de mais justos.
ResponderExcluirEm diversas eras sempre foram. rs
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